Quem sou eu e um pouco da história de mudar de vida e de país.
- Niége Bastardi
- Jul 11, 2019
- 3 min read
Updated: Aug 6, 2019
Meu nome é Niége Menezes Machado. Eu tinha 26 anos (2015) quando sai da empresa que trabalhei durante 7 anos, das 9:00 as 6:00 de segunda a sexta, horário bem comercial. Trabalhava como coordenadora de um departamento, recém formada em administração de empresas. Senti a necessidade de aprender falar ingles pra minha carreira profissional no Brasil, e a forma mais rápida que achei que fosse aprender seria fazendo um intercambio. Pesquisei muito sobre os possíveis destinos e na época eu pensei até em ir para a Australia, aonde muito brasileiros vão e amam, mas como eu conhecia pessoas que moravam em NYC achei menos arriscado e vim pra cá, morei em casa de amigos nos primeiros meses.
Sem falar o idioma e com muita força de vontade fui a luta, acordava todos os dias cedo pra fazer alguma atividade física e explorar a cidade, explorei muito, fui pra todos os lados. Aprendi como pegava o metro, aprendi como andar nas ruas, aonde era o mercado, aonde era o medico pra se acaso algo acontecesse, aonde era a lavanderia, etc. Me perdi horrores (muitas historias).
O segredo para as coisas darem certo pra mim aqui foi a força de vontade e a alegria em fazer tudo aquilo que fosse necessário pra que esse sonho desse certo, e muita humildade, desci do salto mesmo e coloquei a mão na massa, analisei todas as possibilidades ao meu redor! Pra mim não existia a possibilidade de não dar certo, eu estava certa que daria, algo dentro de mim me dava essa certeza, estava certa que o que eu estava fazendo ia me trazer muita experiência e seria muito bom pro meu aprendizado e evolução como pessoa.
Eu aceitava tudo o que me aparecia, se me chamassem pra ir pra balada, eu ia. pra festinha do vizinho eu ia. Pro after party, eu ia. Pro aniversário da amiga daquela outra amiga que tinha acabado de conhecer, eu ia. eu saia muito sozinha também e tentava conversar com todo mundo (google translator não sei oq seria de mim sem ele). Fazia de tudo pra conhecer o máximo de gente possível e ter mais informações sobre como era a vida de estrangeira em Nova York. Pra mim so essa experiência ja era o maior barato! eu sempre adorei essa aventura!
Primeiramente fiz amigos brasileiros na escola que eram as pessoas que eu conseguia conversar, não recusei nenhuma forma de amizade, nenhuma (acho uma besteira gente que evita falar com brasileiros aqui pq dizem que não aprende a lingua) pode ate ser verdade mas acho que o máximo de pessoas que vc conhecer é melhor, e são as pessoas da nossa cultura que vai nos ensinar muita coisa sobre a vida sozinha em outro país, tem muita gente boa no mundo sim, inclusive brasileiros!
Como eu me relacionava também com muitos americanos e outras nacionalidades me forçou a aprender o ingles, não fiquei somente com brasileiros não, acho que esse foi o lado bom. Sou totalmente aberta a amizades de todas as idades e nacionalidades. Eu sempre conversava com todos em todos os lugares que eu ia, e foi assim que fui conhecendo pessoas, oportunidades e amigos.
Comecei a ter mais confiança em falar ingles com 1 ano. Antes disso era terrível conversar, morria de vergonha (besteira total). Mas as coisas vão evoluindo de pouquinho em pouquinho.
Hoje com 30 anos, sou casada com o Billy (que vocês ja conhecem pelo meu instagram!) que é americano e eu o conheci numa festa que fui convidada por uma amiga, e eu nem tava tao afim de ir nessa festa! foi destino! o plano inicial era voltar pro Brasil, mas a vida é assim, pode mudar tudo de uma hora pra outra!
Hoje sou muito orgulhosa de tudo o que eu passei pra chegar aonde eu cheguei, não foi nada fácil! E se tem uma coisa que eu aprendi é que com força de vontade, honestidade e humildade a gente vai longe!
foto tirada num ensaio fotográfico feito no Pier 17.

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